Coisas de índio
Quando a chuva fria, o vento desvia
De tão forte pássaros afogados
Dá enxurrada á lama pesada sepulta
E você já gelado pouco caminha
Se enrosca, se arranha procurando
Na mata fazer trilha que não existia
Sabendo que a noite que aproxima
É sua preocupante, potencia inimiga
Vai lembrar que um dia, aqui existia
Tantos índios que pela natureza se divertia
E sem compreender como o medo o domina
Passa a tormenta, o escuro volta ser dia
Seus passos sustenta o corpo que tremia
E bem próximo, á estrada que você não via.
Kiko Pardini