No horizonte do Ser

Para além dos precipícios do nada

Onde mora o filósofo, ave audaz,

A quem a trégua não consiste em paz

E o pensamento é aguda espada...

A veraz existência é desvelada –

É Cronos que não volve para trás

A natureza, a qual transmuta e faz –

Poesia pelo cego recitada!...

Livre, a exultar poeticamente,

Está o pensador ante o Sol poente,

Contemplando o horizonte esquecido...

Absorto em um elã misterioso,

Junto ao céu profundo e silencioso,

Como se o Ser pudesse não ter sido.

Thiago Marques Poeta
Enviado por Thiago Marques Poeta em 11/07/2020
Reeditado em 11/07/2020
Código do texto: T7003210
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