No entardecer



Olhei para o alto e o céu apaixonante
Nuvens que se moviam... Delirantes!
As árvores nuas, desfolhadas e frias
Desprovidas do aconchego, arredias.

Escandalosas, bailavam seus galhos
Tempestuosa tempestade, frangalhos!
Luxuriante derrubada que aconteceu...
Céus se rebelando, o ciclone floresceu.

Num breve lampejo o povo desprovido
Para o enfrentamento da escura noite
Na demora pela aurora, comprometidos.

Tudo tem seus propósitos na apreciação
A natureza não escolhe com seus acoites
Circunstancias eventos do tempo, ações...







Texto e imagem: Miriam Carmignan