*NUM SÓ OLHAR

Não decifrei teu frágil pensamento,
nem a linguagem muda da mensagem,
mas vi a luz, sob uma tênue miragem,
A ofuscar teu olhar em abrasamento.

Faltou chão, recolhi-me sem alento,
sou penumbra imaginária, irreal,
arranquem a venda e luz para o real,
rompo trevas, há fresta, aferimento.

Se o olhar habita a janela d’ alma,
afundo na imensidão deste mar,
e me afogo sem ter medo de amar,
pois no amor há claridade do luar.

E voo em todo espaço sideral
para aportar neste olhar universal.

Do meu livro: Nas Entrelinhas.

 
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 09/07/2020
Reeditado em 09/07/2020
Código do texto: T7000994
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