A noite


Tão mudo por ti, rolou o meu pranto.
Só a noite tão quieta ouviu na calada,
Minh’alma inquieta só desolada,
Pungente sentia saudades assim tanto.


Na noite vazia só eu chorava.
Ardentes as faces, ficavam com o pranto.
Saudades em lágrimas, rolavam pro espanto,
Da noite tão quieta que a tudo escutava.


Na noite tão quieta a saudade que tinhas
De tudo da vida que tive contigo;
A paz que perdida, amargo castigo;


De viver tão só na noite que vinha.
E na noite tão quieta só na calada,
Minh’alma inquieta, o pranto derramava.