DOCES DOSES
No silêncio da noite pairam vozes
Que ditam as poesias nem sonhadas
Aos corações poetas, doces doses,
Embriagando-os pelas madrugadas.
E rendendo-se aos versos, em hipnoses...
Vão tecendo belezas rendilhadas,
Harmoniosas e plenas em simbioses...
De fantasias e almas enleadas.
E bailam nas memórias mil lirismos,
Oníricos encantos ao sabor
Do versejar do belo em sincronismos.
E florescem poemas com primor,
Que em segredo habitavam seus abismos,
Mas ora com feitiço encantador.
Grato, belíssimas interações:
Uma centena de gotas por vez
e todas as doses sem nenhum talvez
com a certeza de salutar embriaguez
talento e poesia com altivez!
(Divina Flor)
É feitiço, com certeza,
de alguma fada madrinha,
que fez brotar tal beleza,
florescendo em cada linha.
(HLuna)
'Versos noturnos'
Pela janela entreaberta entra o luar
trazendo a saudade nos braços do vento,
sussurrando poemas pra me encantar,
desperto do sonho naquele momento!
O vento passa esvoaçando a cortina,
espalhando versos feito purpurina
que deslizam suavemente sob a pena
e assim vai surgindo mais um poema...
São versos esparsos que voejam ao léu
e a pena corre sobre o papel,
dedilhando poemas que falam de amor!
A lua é tão bela, derrama seu luar,
num mágico convite para sonhar
e um novo poema vem curar a dor!
(Esther Ribeiro Gomes)