A eterna Musa d'um Poeta
Depois que eu a vi surgir, bela assim
À luz dos instantes, a me enamorar
Sob as estrelas, na alma, à terra e ao mar
– Vinde borboletas a poisar em mim...
Depois de tantos anseios, por fim
Deixou saudades do meu peito a chorar
Agora em alegrias, e a te conjulgar
Eis o meu coração, frenético, flor-carmim.
Mas por perfumes, tão enlouquecido,
No vaguear neste mundo eu sou perdido
Nas falsidades vis dos meus amores...
Sim, és tu, a mariposa da minha ilusão,
Que dentre às trevas me é fulgor, mas é vão
Dentre a paixão eterna das minhas dores...
© Dolandmay Walter