O céu
Quando te vejo, enxergo a luz, um sonho ardente
No anoitecer do céu de estrelas de marfim
A cintilar teu rosto argírico repente
Na lírica semântica eloquente alfim
Enquanto o céu desenha o estelar afluente
Que banha o teu semblante aguando um rio em mim
De fúlgido romance onde urge simplesmente
Um astronômico alto instante beijo afim
Na noite iluminada ante o ato de sonhar
No mar que habita em ti e ferve crepitante
Na candeia inspirada em teus lábios e olhar
A abóbada celeste ostenta esse desejo
Do encontro no fulgor do desaguar amantes
No verso e na canção, no dom de amar sobejo