Menestrel
Levanta - se a cortina, sobe o pano
Desdobra -se o artista em seu papel
Percorre vidas soltas o menestrel
Como os pés da bailarina as notas do piano.
Traz risos mas na alma tem um véu
Em proteção daquilo que é profano
E traga ao coração algum engano
Jogando - o às mãos do fim cruel
Daquele que ao brilho feneceu
E se perdeu por entre os personagens
Que o palco deu a vida é a eternidade
Coloca - se a mercê da realidade
Mas joga-se inteiro nas viagens
Das vidas que quisera e não viveu.