A MEU FILHO HELDER

Te foste como brisas passageiras,
Só me restaram eternas lembranças,
Daqueles tempos férteis de bonanças,
Ao sabor de inocentes brincadeiras.

Tantas décadas sobre mim passaram
Mas não passaram aquelas imagens
Que, as vezes teimam em cortar passagens,
Nas ventanias que em meu rosto sopram .

As vezes, também, em sonhos, ressurges,
Como fosse anjo enviado pelos deuses,
Como anjo guardião a me amparar .

Retornaste a morada dos deuses,
Afluíste as estrelas - também és
Enquanto aguardas o meu expirar !