UMA SOMBRA SOBRE A TERRA

(Inspirado no poema SOMBRA, do poeta

Ricardo Camacho)

É quase dia, mas a sombra permanece,

É vista no campo, na cidade, no mundo.

Muitas vidas se perdem a cada segundo,

Não há fuga, e saída ninguém conhece.

A Terra saiu do eixo, é o que parece.

Estupefação nos olhos do moribundo,

Que jaz aprisionado no catre imundo,

E nem sabe se é dia, ou se anoitece.

A nossa medicina está perdendo a guerra,

Desconhece quando acerta, ou quando erra,

Ao injetar qualquer droga em sua veia.

E quem anda pelas ruas deambulando,

Sequer imagina o quanto a coisa é feia,

Nem que, bem cedo, a sua vez está chegando.

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Quando está tudo morno em sua vida, até pensando em parar tudo, vem alguém e te jogo pra cima com uma interação destas:

SOMBRAS

Quantas sombras mortas de ilusão

confusão de sombras pretas rua à fora

sombras qu'embora cativas, se ignora

por hora, agarradas no porão!

Sombras alienadas, tortas, estão

na direção oposta ao sol que as escora

penhora frágil de falsa melhora

arvora num colapso de divisão.

Sombras medrosas vivem anônimas

são parônimas d'outras sombras tantas

Entre tantas, sem palavra... Acalantas!

Milhões de velhas sombras vivem às quantas

são desplantas perdidas e homônimas

antônimas e invisíveis das sinônimas.

por: Creusa Lima. Grata por existir um J. Garcia maravilhoso que atiça minhas ideias!

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 30/06/2020
Reeditado em 03/07/2020
Código do texto: T6992442
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