UMA SOMBRA SOBRE A TERRA
(Inspirado no poema SOMBRA, do poeta
Ricardo Camacho)
É quase dia, mas a sombra permanece,
É vista no campo, na cidade, no mundo.
Muitas vidas se perdem a cada segundo,
Não há fuga, e saída ninguém conhece.
A Terra saiu do eixo, é o que parece.
Estupefação nos olhos do moribundo,
Que jaz aprisionado no catre imundo,
E nem sabe se é dia, ou se anoitece.
A nossa medicina está perdendo a guerra,
Desconhece quando acerta, ou quando erra,
Ao injetar qualquer droga em sua veia.
E quem anda pelas ruas deambulando,
Sequer imagina o quanto a coisa é feia,
Nem que, bem cedo, a sua vez está chegando.
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Quando está tudo morno em sua vida, até pensando em parar tudo, vem alguém e te jogo pra cima com uma interação destas:
SOMBRAS
Quantas sombras mortas de ilusão
confusão de sombras pretas rua à fora
sombras qu'embora cativas, se ignora
por hora, agarradas no porão!
Sombras alienadas, tortas, estão
na direção oposta ao sol que as escora
penhora frágil de falsa melhora
arvora num colapso de divisão.
Sombras medrosas vivem anônimas
são parônimas d'outras sombras tantas
Entre tantas, sem palavra... Acalantas!
Milhões de velhas sombras vivem às quantas
são desplantas perdidas e homônimas
antônimas e invisíveis das sinônimas.
por: Creusa Lima. Grata por existir um J. Garcia maravilhoso que atiça minhas ideias!