SONETO À MADRUGADA

O balanço da rede, de um lado pro outro

tenta me fazer dormir - inutilmente

enquanto esse frio noturno e ardente

toca minh'alma e me deixa absorto

em meus pensamentos que já se vão

para longe, bem longe de mim mesmo

que fazem de meu efêmero ser, então,

espécie de vácuo, desapegado e ermo

Esse céu noturno, cinza de inverno

me toma toda a minha atenção

me tira do meu próprio inferno

e me leva para sua caótica harmonia.

Na fria noite nada me resta, senão,

aguardar o alvorecer do novo dia.

Vininha Moraes
Enviado por Vininha Moraes em 28/06/2020
Código do texto: T6990611
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