SONETO DA INDIFERENÇA

É triste ver a sentença

do gesto vil da omissão,

de quem presa a indiferença

trancando seu coração.

É triste ouvir a clemência

do pobre que estende a mão

ao rico sem complacência

que vocifera seu NÃO!

Meu Senhor como é tão triste

a cena que inda persiste

entre nós, povo cristão...

Pregamos amor, bondade,

união, fraternidade,

mas tão pouca é nossa ação!

— Antonio Costta