Armadilha

Dois lagos serenos emergem da sua face,

Tão azuis quanto o céu num dia claro,

Abismos perversos donde a ilusão nasce

Suscitando um misto de carícia e amparo.

São dois faróis os seus olhos acesos

A confundirem meu sexto sentido,

Deixando à deriva meus olhos indefesos,

Girando nesse redemoinho proibido.

Na sua boca uma taça de absinto,

Por onde a vida insidiosa me traga.

Ah! Quem há de fugir do instinto?

Atracada num abraço indolente,

Fitando o infinito azul dessa vaga,

Como não sentir-se eternamente adolescente?

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 18/10/2007
Reeditado em 25/02/2015
Código do texto: T699020
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