SENTENÇA CERTA
Onde está ó morte o teu aguilhão?
Não tenho medo de ti; és, meu quinhão!
Morrer me liberta desta vida sem graça,
Teu abraço eu espero, no banco da praça.
Onde estás ó morte, a minha sentença,
Se sinto ao meu lado, tua certa presença.
Leva-me contigo, pois, cansado estou!
Viver já não significa, neste mundo de horror.
Vem, almejada e companheira amiga.
Cansado estou, desta mal fadada vida!
Apressa-te em atender, o desejo da minha alma.
Dá-me, a certeza de descanso, e calma!
Embala-me em teus lindos lençóis tecidos a fios.
Leva-me, perenemente, pro outro lado do rio.