Arisca alazã
Talvez a poltra assanhada venha
em fios de ouro rindo na manhã
quebrando arreios com rija penha
para torna-se formosa alazã
Livre arisca em galope afã
lombos e crinas num azul cetim
olhos de rendas de verde capim
sedas nos pelos alvos como a lã
Tão destemida a romper fivelas
ancas imensas desnudas de celas
risca os casco num chão encantado
Vê! porem eu de sangue castanho
hei de tê-la em pasto estranho
trotando sendento em amor montado.