Quando não mais quiser ter a lembrança
Deste pobre poeta atrevido;
Quando não tiver mais a esperança,
E julgar ter este amor já esquecido;

Quando chegar ao extremo do desprezo
De negar que por você eu fui querido,
E afirmar que o amor que esteve aceso,
Foi um brinquedo em um canto esquecido,

Rasga com um grito de sarcasmo
Com unhas que rasgou-me em seu orgasmo
Estes versos que escreveu quem a amou.

Feliz terei, então, com grato pasmo,
Certeza, em uma tarde de marasmo
Que um amor tão grande não murchou!

Manhuaçu(MG), 24 de junho de 2020 às 20:06 hs.