MORRENDO DE AMOR

Em meu peito habita um amor menino.

Que faz ecoar o bater do meu coração!

Como marreta que tange um grande sino,

Eclodindo em mim, a mais pura emoção.

Seu bater é como um castelo ruindo.

E o som que reverbera em mim, é como trovão.

Causando-me dor e Minh ‘alma afligindo,

Como a seca que sangra o amor no sertão!

Seu bater matar-me-á em todos os meus dias

Cego, perdido, e com minha alma fria!

Que desabrigou-se do incerto e forte sol dourado

Para que por dentro eu morra ensanguentado.

Pois morrer de amor sempre valeu a pena!

Quanto mais morrer de um, simplesmente inacabado.