A FLOR E O CAMINHO
Éramos eu, a flor, e o caminho...
Eu. Quem era eu, um espinho?
Uma pedra, um seixo, um atalho?
Nunca descobri! Talvez um retalho...
Muitos pedaços de vida ficavam
e a cada amanhecer se manifestavam,
no infinito poder do renascimento.
Até de cinzas, apagadas pelo vento!!!...
Mas, e a flor, onde estaria a flor?
Por que não era visível aos meus olhos,
embora a procurasse dentre tantos abrolhos?
Aí, o caminho... Perdia-se em descolor,
terra batida, extenso matagal a desbravar...
Certamente lá, a flor, estaria a me esperar!