IV - Perecer...

Ao pôr do sol que cruza a minha vida

O brado tormentoso! A tempestade!

Que rasga e dilacera por maldade

E que abre suavemente uma ferida...

A chuva que despenca em despedida,

O tempo do delírio e da inverdade,

Regando o descaminho da saudade

Eu sangro em meu trajeto suicida...

Andando em teu destino macilento,

Eu deito no ataúde lamacento...

E sonho ao véu da noiva do outro mundo.

Contemplo o teu caminho, o renascer...

Desejo nada mais que perecer,

Te quero neste abismo mais profundo.

* Da antologia "Lira da Morte".

* Também presente na antologia "Escola Revivalista".

* 21/06/20 - 18h15min

Gabriel Zanon Garcia
Enviado por Gabriel Zanon Garcia em 21/06/2020
Reeditado em 28/08/2022
Código do texto: T6984077
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