O hálito

As tardes como espelho d' alma são:

Na brisa que o teu hálito fulgura

No beijo que enrubesce o coração

No olhar que se derrama de brandura

Lembranças como estrelas sorverão:

Os pensamentos que ardem com ternura

As emoções que tomam a atenção

A paixão que queimava porventura

A tua boca está cheia d' um vinho

Aflatado com pura poesia

De oscilante refrão de ardor marinho

No ocaso fervilhante eu me despejo

Entre as memórias que antes nos havia

De enlevos crepitantes de desejo

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 20/06/2020
Reeditado em 20/06/2020
Código do texto: T6983271
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