TRANSPARÊNCIAS

O silencio da noite traz os queixumes da tua voz

E acendem as estrelas no céu da minha solidão.

Respiro lentamente tuas ânsias em meu coração

E sinto-te em procuras cinturado ao meu cós.

E tu ficas atado sob as minhas transparências

Aguardando as descobertas das minhas mãos

No teu tórax, tateando-te sem qualquer divisão

Nessa ventura de te ter em secretas urgências.

E escrevo teu nome na minha pele de enigmas,

Desenho o teu coração de amor nos meus seios

E envolvo-te num abraço entre rendas e sedas.

E descubro as carícias do teu rosto de dogmas

A desvendar versos de paixão nos meus meios

De amor e vertigens, acendendo nossas labaredas!