VINHO...
Oh! Vinho que acalma meu tormento,
Asa da dor das águas em movimento,
Na alma sem calma, vazia e sem paz,
Vendo o tempo passar veloz, assas...
Raio de luz da minha vida sem solução,
Que leva tudo que é felicidade e ilusão,
E um turbilhão de loucos pensamentos...
Se esvaziam do meu peito em lamentos!
Que vão então para o inferno! Não choro,
É o vinho que eu amo e há muito namoro,
E na escuridão que fico após o trago cruel,
Não queiras, amigo, experimentar este fel!
Doce e aparentemente inofensivo, é pleno,
De uma conseqüência cheia de puro veneno.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 02.10.09