Paixão
Nós travamos confrontos tão constantes
São lutas por pedaços corporais
E nisso nos queremos mais e mais,
a todo tempo, e em todos os instantes.
Meus braços em teus braços permanentes
Parecem serpentes entrelaçadas.
Passa o tempo e eu nem sinto, tu nem sentes,
o debulhar das nossas madrugadas.
Eu me confesso a ti, tu te confessas
Tu me procuras e eu a ti, às pressas
Revelo o meu desejo mais profundo.
E nesse reino de paixão revolta,
se me domas, entrego-me sem volta;
se te domino, tanto mais o mundo.
À minha Olívia, paixão eterna.