Quando morreram as cores

Eram rosas perfumadas os dias

Caminhava eu, casto, só de ti à espera,

Delirávamos juntos a mesma esfera

Eram sorrisos virgens que querias;

Ouvíamos da poeira só sintonias

Verdejantes... Quem agora me dera

Sentir-te longe, mas perto, na terra

Que te cuspiu ao mar e deixou agonias;

Sedenta de carne, tu, Hortelã

Imolaste-te ao céu sem mim, teu Lírio,

Partiste, quando te não senti sã...

Aqui, ficou: um pedaço de maçã

A dor, o passado, também martírio

A escuridão, o fim, em toda manhã.

Saurimo, 19/06/2020

Salvador de Jesus Ximbulikha
Enviado por Salvador de Jesus Ximbulikha em 19/06/2020
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