Mhobungha
Tristemente corre o tempo assim
E lentamente vou morrendo então
No caminho que me leva ao fim
Plantando lágrimas pelo chão.
Chutando as pedras da desilusão
Sentindo o ódio que a vida fez
Sabedor do destino e da fusão
Entre o mal, o cansaço e a altivez.
Mhobungha nunca mais eu verei
Vil escolha, triste a conseqüência
Essa dor que coroe a consciência
Fruto colhido que jamais comerei
Mhobungha é a derradeira sorte
Encontro certo da alma com a morte.
Poeta Camilo Martins
Aqui, hoje, 30.04.09