De flor em flor zanzava
Arremetida pelo amor
Sempre, sempre acompanhada
Por um lindo beija flor
Que a seguia e a circundava
Que zunia e brincava
Se escondendo na galhada
Não parava suas asas
Nem de se fartar, desse amor!
                                         
 Sob o infinito, de azul vestido
Bem longe se move a dor
Ia e voltava ligeiro
Junto dela, o beija flor  
Inseparável companheiro
Lépido, sempre o primeiro
A pregar-lhe zombarias
E assim passava o dia
Aquilo sim, que era amor!
                                           
Na feitura dos seus encantos
Exalando pelo céu, seu amor
Riscando de canto a canto
Desfiando-se em cor
Vai zunindo e tecendo
Subindo, depois descendo
                                 

Osculando todas as flores
Agora, mais beija-flores
A acompanhar sua escalada
Na mais sublime e doce jornada
Não há nada que se compare
À doçura, do mel do amor!