Gurkani
O ideal que criei em meu coração,
E a quem somente nesta vida posso amar,
Vive em meio às flores sempre a brincar
Nas longínquas terras do místico Hindustão.
Grácil assentada no Trono do Pavão,
Com um turbante a cabeça a lhe enfeitar,
Seu cortejo ante ela vem a se prostrar
Para depor a seus pés uma oblação.
E é esta minha única alegria;
Em langorosos devaneios me perder
Com minha bela mirza dia após dia…
Quando haverei de os oceanos percorrer
E, chegando à terra de minha fantasia,
Na corte do mogul expirar de prazer?