UTOPIA...
O amor que deu lastro ao descaminho,
Foi o mesmo que deu margem ao ninho,
Em sombra e na farta paisagem.
Foi dele as feridas daqueles espinhos,
Arranhando o lugar de antes carinhos,
E a natureza de um coração selvagem.
Se rogo as vezes, noutras sou disperso,
Como se não houvesse a tola empatia,
Que me faz ser esse ser tão diverso,
E também viver nesta eterna utopia.
Amadurecer? Nem mesmo os versos,
Que afloram sem a devida valentia,
Da mente, em trechos controversos,
Que, antes cega, sempre te entendia.