Opressão

Vi o sol furioso fumegante

cuspindo terríveis labaredas

vi brasas espalhadas nas veredas

assando as carnes do suplicante

vi o rifle da fome rente a fronte

de um cego cansado sem abrigo

vi a raiva sedenta por castigo

como fera rugindo arrogante

Vi um rei num trono de espinhos

celebrando com sangue e com vinhos

o massacre de um povo sem perdão

Roguei alto para o sol do Divino

que rompesse as cadeias do destino

transportando para o céu todo o sertão.

Ebenézer Lopes
Enviado por Ebenézer Lopes em 14/06/2020
Código do texto: T6977071
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