Opressão
Vi o sol furioso fumegante
cuspindo terríveis labaredas
vi brasas espalhadas nas veredas
assando as carnes do suplicante
vi o rifle da fome rente a fronte
de um cego cansado sem abrigo
vi a raiva sedenta por castigo
como fera rugindo arrogante
Vi um rei num trono de espinhos
celebrando com sangue e com vinhos
o massacre de um povo sem perdão
Roguei alto para o sol do Divino
que rompesse as cadeias do destino
transportando para o céu todo o sertão.