ROSA DA VIDA
Despetala-se a rosa da existência,
À medida que os anos vão passando;
Aos poucos, vão pedendo a consistência,
Ao solo caem, e o vento as vai levando.
Quantas vezes é augusta a inclemência
Do tempo, que a destrói ainda quando
Ela deslumbra cheia de imponência
Ao jardim e a roseira perfumando.
Pétala desprendida - mais um passo
Para o esplendor sublime que no espaço,
Na harmonia divina se resume!
Um dia tomba, enfim, a derradeira,
E o pedúnculo murcha na roseira,
Mas não se extingue nunca o seu perfume!