ERVAS DANINHAS...
Bambeia ao vento a folha da gramínea
que toca o chão revolto a cada instante;
e ela se deforma, curvilínea,
depois se recompõe, bem relaxante...
E neste versejar, eis que uma alínea,
porei pra destacar que é exuberante
seu limbo bem vestido na albugínea,
de cor esverdeada e ao Sol brilhante...
Daqui da minha rede, matutando,
de nada nesse mundo me queixando
eu fico observando essas plantinhas...
Não sei porque ninguem as aprecia;
são belas, delicadas, que eu diria,
o nome não combina, ervas daninhas...
Arão Filho
São Luis-MA, 13 de junho de 2020.