À LUZ DA SORTE
Não ponho meus olhos mais
Há tempos nos seus encantos
Sei que espera com seus prantos
No deserto desse cais.
Cá, meu peito dói demais
Apego-me com meus santos
E a saudade dos seus cantos
Que norteiam os meus ais.
Dias, noites, sóis e luas
Nesse mar, à luz da sorte
Só contando as horas nuas.
Mas eu tenho um santo forte
Que me mostra imagens suas
No horizonte do meu norte.
Grato, belíssima interação:
Uma saudade danada,
eu sinto dia após dia,
pelas noites, madrugadas,
que a mim só angustia.
(HLuna)