O SEGUIDOR DO VENTO
Enquanto um sopro gelado batia em seu rosto,
O jovem apressado corria e falava com gosto
Seu desgosto por não conseguir alcançar o vento,
Mas ligeiro e atento, o jovem o sentia, a contento.
O vento teimoso mudava constante sua direção,
O seu seguidor decidido e cheio de forte emoção
Não deixava que o vento sumisse da sua visão
Porque seguir o vento, era deveras, a sua missão.
O pensamento do pobre aventureiro estava certo:
O vento que sopra sobre mim, em forte disparada,
É o mesmo vento que bate no rosto da minha amada.
Seguirei essa brisa impetuosa, com todo vigor.
E seja o seu destino final qual for,
Com certeza, antes me levará ao meu amor.
Ênio Azevedo
(MERA POESIA)