MANIETADO

O cilício da saudade é o meu castigo,

azorrague usado em minha oração...

Se vivo esse amor tão bem escondido,

calabouço arcano, minha prisão.

No cheio do vazio que tenho aqui comigo,

na fresta de uma impenetrável solidão...

Perlustra teu cheiro desacompanhado amigo,

no impregnado manto de densa escuridão.

Pela falta do teu corpo quente, meu corpo expira...

a ausência dos teus beijos, minha tristeza.

O amor que carrego em mim será minha pira…

Viver sem ti minha única incerteza

embora por teu amor minha alma aspira

Distante de ti, minha alma fraqueja.