O JARDIM DAS FLORES IMORTAIS

O JARDIM DAS FLORES IMORTAIS

No início eram poucas e invisíveis

Flores que ao tempo, sucumbiam

Outrora infalíveis, agora perecíveis

Pelo lesivo que nunca imaginariam

Do nada surge o destrutivo inimigo

Erva daninha que envolve e aniquila

Ao atingir todos, do novo ao antigo

Da rosa amorosa à doce camomila

Testemunhas de um tempo sinistro

Lembradas como um mero registro

Isoladas na solidão de uma ventura

Em cada flor uma singular história

Dos amores gravados na memória

Para sempre grifados com ternura

Marco Antônio Abreu Florentino

Soneto homenagem às vitimas da COVID 19 que, na maioria esmagadora, tem sido de pessoas idosas e portadoras de doenças crônico degenerativas. Gente que tem perecido na solidão de seus sofrimentos e esperança de uma recuperação que, em alguns casos, não se consolida.

https://youtu.be/sr-eIv6tHoU

(Dolcíssima Maria - Renato Russo)