RUBRO ENXAME
No vale do terror aos agredidos,
avulta-se o sarcasmo do gravame:
o algoz pouco se importa que reclame
a moribunda ou seus irmãos feridos.
A lamentar os braços combalidos,
reclusa na hediondez de um rubro enxame,
enverga do carbono a tisna infame,
assombra-se à mercê dos estalidos...
Vapores sufocantes cercam tudo,
engolem o protesto, o grito mudo
que podem perceber porque sensatas
algumas testemunhas da maldade
causada pela própria humanidade
no tronco que fumega em suas matas.