A MÁSCARA
Querida, quando deitas o acalanto
das tuas mãos, despertas primitivos
arroubos de prazer, loucura, encanto
que deixam corpo e lábios permissivos.
Se o teu olhar ridente fala tanto,
para esperar me faltam mais motivos:
de um transgressor a máscara levanto,
desnudo devaneios compulsivos.
Dilacerado, o véu dos teus segredos
estendes nos confins da intimidade
de um homem mergulhado em calidez.
Atira essa inocência nos degredos
e vem matar comigo essa vontade
de atravessar os céus da cupidez!