PARADIGMA DE AMOR
 
Um sabiá laranjeira,
Toda manhã me acordava
C!o poema que cantava,
Escondido na videira!
 
Som de flauta  ele entoava!
E da minha  cabeceira,
Quase de certa maneira,
No infinito me lançava!
 
Eu  quis  ouvi-lo de perto...
Não deixou, pois muito  esperto,
Jamais  cantou  a meu lado!
 
Também minha  sabiá...
Versejava amor de lá,
Mas, sem nunca ter-me amado!
 Nelson de Medeiros
 
 
Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 07/06/2020
Código do texto: T6970305
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