Coitadinha

De cabelos compridos e pretos

ela vem sufocada e chorosa

caminhando no escuro dos guetos

tão vazia a coitada da rosa...

Fustigada a chorar cianetos

ao luar interdito faz prosa...

Suas lágrimas são amuletos

ante a tácita dor rumorosa...

Coitadinha da triste, daquela

que cresceu e esqueceu de ser bela...

Esqueceu de crescer... De ter brilho...

Coitadinha da Rosa singela

que trabalha a chorar na janela

o fatal acidente do filho...

*Versos eneassílabos

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Interação do poeta Jacó Filho

Essa dor que não tem fim,

Nem um gesto que console.

Sabe-se, ninguém escolhe,

Passar por algo assim...

Gustavo Valério Ferreira
Enviado por Gustavo Valério Ferreira em 06/06/2020
Reeditado em 18/06/2020
Código do texto: T6969115
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