Coitadinha
De cabelos compridos e pretos
ela vem sufocada e chorosa
caminhando no escuro dos guetos
tão vazia a coitada da rosa...
Fustigada a chorar cianetos
ao luar interdito faz prosa...
Suas lágrimas são amuletos
ante a tácita dor rumorosa...
Coitadinha da triste, daquela
que cresceu e esqueceu de ser bela...
Esqueceu de crescer... De ter brilho...
Coitadinha da Rosa singela
que trabalha a chorar na janela
o fatal acidente do filho...
*Versos eneassílabos
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Interação do poeta Jacó Filho
Essa dor que não tem fim,
Nem um gesto que console.
Sabe-se, ninguém escolhe,
Passar por algo assim...