DE MADRUGADA
DE MADRUGADA
Vagos acordes de música distante
Ecoam pela noite em solitude.
A serração mais densa mais ilude
Em fantasmagoria horripilante...
Não há lua. Nos altos, vento uivante
Enregela mesmo a alma agreste e rude,
Até que o céu de estrelas se desnude,
Se aerólitos chovendo d'um radiante.
Agora, parte mais da Via Láctea
A noite na imensidão quase galáctea,
Enquanto o Orbe em ciranda co'as estrelas.
Através das liríades formosas,
Os deuses anunciem, extremosas,
As luzes de astronômicas procelas...!
Belo Horizonte - 20 08 1999