VIVER
Garbos dias vida plena, ensaios de tempos bons.
Pífios dilemas - jardins de espinhos... Sangrou...
Fatídico cerol da linha tênue da vida, em tons,
Viver é vencer os “tiros” que a vida deflagrou.
Nascidos em “futons” macios; “berço” multicor.
Plausíveis passos, os primeiros, caídos em dores.
“Palco” pincelado por mãos que buscam uma cor
Crescido a voar, livre como os voos dos condores.
A princípio, viver é deveras, uma arte pura e simples,
Mas não se iludam! Pois, não é simples a arte de viver!
Afinal, ao abrir os olhos, começa a contagem do morrer.
Como uma catarse teatral – Purgação do que é intruso
Ou então, uma expurgação de tudo o que está recluso.
Para que fique claro e entendido o que vive abstruso.
Ênio Azevedo