Minha doce loucura
Eu que ando feito doido errante
de ermo em ermo triste soledade
suspiro e vejo no alto mirante
minha figura junto da saudade
Parte de mim guarda a mocidade
a outra parte a caraça torta
aqui ali uma delas corta
os débeis pulsos da sanidade
Eu que não amo, sucumbo a crença
porém carrego uma fé imensa
nessa loucura que me mancha a tez
Assim eu vivo tolo e insano
porém liberto do vil desengano
que atormenta quem tem lucidez.