Vil acalento
Vil acalento
Sopram os ventos, pulveriza os mares
Queima às flores silvestres, do meu peito
Embalsama nos brados doces, álacres...;
Ilusões amorosas do sujeito!
Mas que vil acalento, mas que efeito
Entorpecente que evola nos ares!
Que alucina e desvaira os torpes peitos
Obnubilando-os, nos vis altares!
Palpitação no peito, morta e gélida;
Paixão dilacerante, podre e fétida:
Sideração mortal, visceral réquiem.
Amar ? Nunca amei! Pois sempre te abstenho;
Ó alegria, ó paixão: calor que tenho,
Inteiramente, à vida de outr'alguém!