SAUDADES
Por que a vida é frágil, complexa e efêmera?
Minhas ideias se acham desordenadas.
Para que a aflição não se torne anfêmera;
alegrias de meu eu foram emanadas.
Tal mudança de espírito aflorou
como um gesto de carinho e de amor
de alguém querido que me vigorou
com amáveis brincadeiras e ardor.
Olho à minha volta e, num curto espaço,
vejo-me a caminhar, com passos lentos,
na direção de minha avó materna.
Sou acolhida com carinhoso abraço.
Feliz, diz: – Saudades destes rebentos!
Em todos os momentos, fora terna.