Inverno
Final de amor, severo e frio inverno,
a desesperação. Intensa neve
caindo dentro d’alma, lenta e leve,
gelando a vida, que se torna inferno.
Momento triste que parece eterno,
nem soluçar, sequer, o ser se atreve,
na dor infinda do momento breve,
da morte de um amor que foi superno.
E neva n’alma a dor voraz, contunda,
da solidão maior - a mais profunda -
do triste fim do amor, mortal ferida.
E a neve, enfim, congela o intenso pranto
deixando, dentro em nós, o desencanto,
a sensação de morte em plena vida!
Brasília, 17 de Outubro de 2011.
Sonetos selecionados, pg. 84
Ciclos, pg. 19
Final de amor, severo e frio inverno,
a desesperação. Intensa neve
caindo dentro d’alma, lenta e leve,
gelando a vida, que se torna inferno.
Momento triste que parece eterno,
nem soluçar, sequer, o ser se atreve,
na dor infinda do momento breve,
da morte de um amor que foi superno.
E neva n’alma a dor voraz, contunda,
da solidão maior - a mais profunda -
do triste fim do amor, mortal ferida.
E a neve, enfim, congela o intenso pranto
deixando, dentro em nós, o desencanto,
a sensação de morte em plena vida!
Brasília, 17 de Outubro de 2011.
Sonetos selecionados, pg. 84
Ciclos, pg. 19