Casto sacrilégio
Chorosamente, a paixão aflorada
De uma vida chorosa, que, vivendo
Às dores sanguinárias; na estrada
Lacrima, vaga, chora comovendo,
Flebilmente, às pessoas. Nas entradas,
Do báratro banal, estão comendo
Uma chorosa alma magoada,
E o fêmur e a clavícula roendo...
Mesmo assim é paixão feroz, ardente...
Que, no âmago do peito, é fogo quente:
Sentimentos carnais que dilacera...
São palpitações d'alma, no teu seio,
Sacrilégios castos, bem asseios,
Capazes de domar hercúleo e fera!