PELAS VIAS DO SONHO

Eu nunca me senti tão velho, assim

E, olha que só tenho 65

Por trás das tramelas e dos trincos

Somatizo impressões que fazem mal prá mim.

Procuro minimizar os efeitos com afinco

Pois sei, que o imprevisível aproxima o fim

Imagino mares, horizontes, campos de arbustos e capim

Exílios de sonhos. Tempo e espaço onde brinco.

E, a mesma voz que comanda o verso

Se cala em sonhos povoados de estrelas

No reverso, delas se apropria. Como descrevê-las?

Assim se destranca, num abrupto escancarar de janelas,

Dos portais dos devaneios

Dando asas à alma, bem longe de tais anseios.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 28/05/2020
Reeditado em 31/05/2020
Código do texto: T6960822
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.