Sonambulismo da morte

Alma de melancólicos novelos,

Que se desespera, na madrugada,

Escorrem no rosto, com os cabelos

Enxugas às lágrimas cor de prata.

Fúnebres e chorosos pesadelos,

Atormentam às luas estreladas.

As noites, os luares em apelos

A Deus, choram e choram cascatas...

Adejo triste nesta desventura,

Com a'lma magoada; prematura,

Irá voltar ao alicerce do panteísmo...

Em breve, estarei no ataúde.

Usufruindo da morte, da celsitude

- Morte, leva-me do sonambulismo...

Cardoso de Figueiredo
Enviado por Cardoso de Figueiredo em 27/05/2020
Reeditado em 27/05/2020
Código do texto: T6959722
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