Sentido
Sem poesia que me dê um só sentido,
Nem há desafio, é tempo de provação,
Segue a vida alheia, longe do sertão,
Tendo a vista um tal de futuro contido!
Quem alinha o passo na curta escalada,
Corre cambaleando no destino incerto,
Não desiste, arrisca, vai que dá certo,
No ritmo que a vida dá, indo além, calada!
Silenciada voz, a fio, só os medos afloram,
A pele sente o odor do suor impregnado,
No corpo desgastado pelo tempo de agora!
Como sombras de fantasmas se devoram,
As partituras do tempo é um aboio enganado,
Ao ouvir o sopro do vento, um eco lá vigora!